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Por que gestores estão evitando contratar jovens da Geração Z?

Nos últimos anos, o ambiente corporativo testemunhou uma mudança significativa na composição de sua força de trabalho – com a entrada da Geração Z, composta por jovens nascidos entre 1997 e 2012.

No entanto, uma série de estudos recentes têm destacado os desafios enfrentados pelos líderes e gestores ao lidar com essa nova geração. Um exemplo é a pesquisa realizada pela plataforma de currículos ResumeBuilder.com, que ouviu mais de mil gestores americanos, e revelou que 74% deles consideram a Geração Z a mais difícil de se trabalhar, em comparação com profissionais de outras idades. Entre os principais motivos apontados para esse desafio estão a falta de habilidades tecnológicas (39%), falta de motivação (37%) e desengajamento (37%).

Os líderes empresariais têm percebido uma discrepância entre a Geração Z e as gerações anteriores, como a Y e a X, em termos de propósitos e atitudes. A pesquisa do ResumeBuilder.com destaca que essa divergência é um dos fatores-chave que contribuem para a complexidade no relacionamento entre líderes e os membros da Geração Z. Além disso, um estudo conduzido pelo EDC Group reforça essa percepção ao afirmar que a Geração Z exibe os maiores percentuais em comportamentos e características indesejáveis ​​em comparação com outras faixas etárias.

A pesquisa do EDC Group revela que 12,50% dos jovens da Geração Z admitem não cumprir o expediente conforme o combinado, começando após o horário estabelecido e terminando o trabalho antes do previsto. As estatísticas preocupantes não param por aí, 4,35% deles também relatam não realizar tarefas que surgem no final do expediente, passando-as para outros colegas. Quando se trata das responsabilidades atribuídas, 25% dos respondentes concordam em fazer exatamente o que foi contratado, sem se comprometerem mais do que o necessário.

Gestores têm evitado contratar jovens da Geração Z

Essa tendência tem gerado uma visão negativa da Geração Z no mercado de trabalho, com empresas evitando contratar jovens recém-formados. Segundo um outro estudo envolvendo 800 gestores dos Estados Unidos, 4 em cada 10 têm adotado essa postura. Os desafios começam já no processo de seleção, onde são detectados problemas como: falta de habilidades de comunicação (52%), vestimenta inadequada para a situação (47%) e, até mesmo, a presença dos pais em entrevistas (19%).

Ninguém espera que um profissional recém-formado chegue ao mercado de trabalho com a experiência necessária para executar todas as funções. Mas as habilidades que tem faltado, segundo as empresas, são outras. Cumprir horários, lidar com a rotina e se comunicar – seja ao redigir um e-mail ou participar de uma reunião. 

É evidente que o choque geracional entre os membros da Geração Z e os líderes empresariais exige adaptações mútuas. Enquanto os gestores buscam compreender e abordar as necessidades e expectativas dessa nova geração, os jovens profissionais da Geração Z também devem se esforçar para adquirir e aprimorar habilidades essenciais para o ambiente de trabalho, como pontualidade, gestão de rotina e comunicação eficaz. Somente com esforços colaborativos e uma abordagem de aprendizado contínuo será possível superar esse desafio e promover uma integração harmoniosa da Geração Z no mercado de trabalho atual.

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