Atualmente, tem se tornando um crescente consenso de que o modelo de trabalho, que estabelece uma hierarquia rígida e vertical (considerado como eficaz algumas décadas atrás), não é mais tão válido. Mesmo que ainda seja amplamente praticado em muitas empresas, essa dinâmica ultrapassada geralmente desmotiva os colaboradores, causa uma visão distorcida da gestão de equipe, e pode prejudicar o desempenho e os resultados de diversas áreas da organização.
Ainda sobre o antigo modelo de trabalho, é importante dizer que ele centraliza tudo sobre o líder, o que resulta em uma completa ausência do compartilhamento do poder. Consequentemente, a promoção da postura de protagonismo que poderia haver por parte da equipe é reprimida, trazendo uma enorme lentidão em um mundo que não espera mais.
Outro aspecto que expõe a ineficácia desse modelo tradicional de liderança, diz respeito à dinâmica atual do ambiente corporativo, cujas principais características são: volatilidade, complexidade e ambiguidade.
Assim, em resposta a essas questões, se faz necessário um novo estilo de liderança, que estimule os colaboradores a terem mais autonomia e estejam mais engajados e preocupados com o sucesso das empresas em que estão; essas são algumas das características da Liderança Humanizada.
A seguir, iremos abordar este tema com mais detalhes.
O papel do RH e T&D na construção de uma liderança humanizada
Considerando esse cenário, irrompe, não somente, a necessidade de uma revisão do tradicional papel de liderança; mas, principalmente, que os RH’s e profissionais de T&D tomem a iniciativa de munir os líderes de ferramentas para o desenvolvimento de habilidades essenciais, independentemente da cultura, setor ou posição hierárquica.
Da mesma maneira, precisa ficar claro para os profissionais responsáveis pelo treinamento e desenvolvimento que a verdadeira e ágil inovação emerge de um processo coletivo de concepção, mais do que da criatividade isolada de um único indivíduo.
Portanto, uma abordagem de liderança humanizada que fomente a autonomia dos colaboradores e estimule o pleno exercício do protagonismo, é imperativa dentro do contexto atual, caracterizado pela urgência e pela constante mudança.
Uma empresa que não promove essa humanização, além de não aproveitar todo o potencial de seus colaboradores, acaba sofrendo falhas e atrasos na comunicação devido a uma concepção mais retrógrada sobre gestão. Embora muitas empresas ainda possam estar lucrando e prosperando sob o modelo de “comando e controle”, o esforço necessário para alcançar esse resultado provavelmente é muito maior do que o necessário. Além disso, é provável que algum concorrente já esteja avançando por meio da promoção desta cultura.
Assim, é essencial que os profissionais de RH e T&D se tornem os protagonistas da implementação dessa cultura de lideranças humanizadas, permitindo que os colaboradores possam alcançar resultados muito maiores com um esforço menor.
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