É fato que vivemos em uma era de revolução tecnológica e que toda essa revolução redefine constantemente nossa relação com o trabalho. A interação entre homem e máquina sempre foi tema central nessas transformações, levantando o eterno questionamento: a máquina substituirá o ser humano?
A adoção massiva de inteligência artificial (IA) é um sinal claro dessa revolução. O chatGPT, por exemplo, alcançou 100 milhões de usuários em apenas dois meses, gerando um marco histórico e um debate dentro dos mais diversos níveis hierárquicos das empresas. Aplicativos de rotas, assistentes virtuais e recomendação de conteúdo são exemplos tangíveis de como a IA já está entrelaçada em nosso cotidiano.
No ano passado, o Fórum Econômico Mundial projetou que até 75% das empresas adotarão a inteligência artificial, desencadeando mudanças significativas: 50% das organizações esperam que ela gere crescimento de empregos, enquanto 25% esperam que ela gere perda de empregos.
Será que tem aspectos positivos??
O que diferencia agora é que, em vez de sermos meramente impactados pela automação, podemos usá-la para aprimorar nosso trabalho. A tecnologia está ao nosso alcance, mostrando que tarefas simples podem ser executadas por software inteligente com capacidade de processamento e aprendizado superiores. Assim, como tudo na vida, cabe a nós definirmos o uso que faremos dela.
Então, a pergunta persiste: o ser humano será substituído pela máquina? Em alguns contextos, o risco é real, mas em outros, o ser humano será substituído por outro humano que saberá utilizar a máquina inteligente, ou seja, mudará as exigências de conhecimentos e habilidades, o que é bem preocupante num país como o Brasil.
Não tem como se opor às novidades, mas podemos aprender a trabalhar com elas
Diante desse cenário, podemos adotar a postura de curiosidade e a busca pela capacitação. A negação e o desespero são extremos a serem evitados. Não é uma moda passageira, mas, sim, uma demanda por novas habilidades. Profissionais devem se questionar sobre as aplicações específicas para suas áreas e o que é essencial aprender para manter a empregabilidade. E líderes devem entender as novas necessidades e ferramentas, não colocando-se resistentes, mas abertos também à mudanças.
O Fórum Econômico Mundial destaca as 10 principais habilidades em 2023, mostrando que as capacidades cognitivas e comportamentais são fundamentais. Pensamento analítico, criativo, resiliência, flexibilidade, curiosidade e aprendizado contínuo são primordiais para a adaptação aos novos contextos de trabalho.
Em um mundo cada vez mais automatizado, a busca por eficiência e eficácia é generalizada. O futuro demandará profissionais capacitados, curiosos e inteligentes. A preparação começa com pequenos passos, por exemplo, refletindo sobre as habilidades necessárias e buscando aprimorá-las. Afinal, as máquinas precisarão de seres humanos preparados e adaptáveis e, por mais inteligentes que softwares como o chatGPT sejam, continuarão precisando de uma mão humana para operá-los.